(Resenha) A invenção de Hugo Cabret

Eu quero esse livro! – Essa foi a frase mais utilizada por mim nos últimos tempos quando se trata de Hugo Cabret. E, sim!, eu consegui esse livro (palmas).

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Minha edição é a que foi distribuída pelo Governo de São Paulo, mas inicialmente ela não era minha. Na biblioteca da minha cidade tem uma Sala de Troca, onde você pode levar qualquer livro seu e trocar por algum que já esteja lá nessa sala. Deixo meu livro lá e pego outro, entendeu? Pois é, levei o meu “Ninguém como você” (clique aqui para ler a resenha) e achei esse tão lindo e maravilhoso que eu queria desde que vi o filme.

Vi o filme quando ele foi lançado e lembro de ter ficado surpresa com alguma coisa… que eu não lembrava o que era. E também lembro de ter saído do cinema com aquilo na cabeça: “preciso ler o livro!”. Anos depois recebo essa oportunidade; então, sem mais delongas, falemos de Hugo Cabret,

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Hugo Cabret era filho de um relojoeiro. Este gostava muito de máquinas e acreditava que em cada uma havia um tipo de magia. Um dia o pai vai a um museu e volta para casa com um autômato, uma espécie de robô que exerce uma única função: transmitir uma mensagem através de desenho. Só que tem essa má notícia: o autômato estava quebrado. O pai de Hugo passava noites no porão do museu tentando consertá-lo e prometia a Hugo traze-lo algum dia para casa.

Um dia, esperando que o pai retornasse, Hugo recebe a notícia do tio que o pai morreu em um incêndio no museu (sem spoiler). Desolado, Hugo é obrigado a morar com o tio em uma estação de trem fazendo a manutenção dos relógios. Depois de um tempo fazendo esse trabalho silencioso e triste, Hugo conhece o senhor que vende brinquedos em uma loja da estação e sua sobrinha Isabelle. É aí que a história vira de ponta cabeça e surge a pergunta: será que o pai de Hugo queria transmitir uma mensagem através do autômato?

Paris, Paris *-*

Paris, Paris *-*

 

Esse livro é, por inteiro, uma obra de arte. O autor Brian Selznick é o ilustrador e fez um trabalho incrível com essas imagens. Com elas percebi uma coisa interessante, pelo menos tratando-se da história de Hugo Cabret: algumas coisas não conseguem ser ditas com palavras, mas com imagens. Então alguns capítulos tinham diversas imagens enquanto outros tinham menos. Aliás, esse é um fato que torna o livro fácil de ser lido, mesmo tendo lá suas 500 e poucas páginas. A história também fala muito de cinema, então acho que ela agrada muita gente!

A lombada do livro é linda, mas está meio judiada, eu sei. Lembrando que o livro não era meu antes, não fui a dona dessa maldade :c

A lombada do livro é linda, mas está meio judiada, eu sei. Lembrando que o livro não era meu antes, não fui a dona dessa maldade :c

 

Além da edição encantadora, a história também é muito meiga. Lembrei da coisa que tinha me deixado surpresa e tive que absorver a “notícia” por um tempo. Não é o tipo de história que precisa de um climax super alto, mas acho que faltou alguma coisa para deixa-la mais atraente. Tô pedindo demais, né? Mas fazer o que, senti falta de alguma coisa que me deixasse com vontade de ler mais e mais. Dei três estrelinhas para o livro.

 

 

Acabei achando o filme mais emocionante que o livro, mas acredito que deva ser porque essa surpresa me pegou quando assisti. Se eu tivesse lido primeiro, com certeza teria gostado mais do livro. Também tem peso o fato de se tratar de um meio cinematográfico. Acho que algumas coisas são melhor representadas no cinema, como o terror por exemplo. Nunca sinto medo lendo, mas sinto medo assistindo filme. Na história de Hugo Cabret, alguns eventos cinematográficos do passado ficam pouco detalhados – até porque se detalhasse mais ficaria cansativo, o que já não acontece nas telonas.

Vale a pena conferir os dois meios onde a história de passa: filme e livro. Quem sabe vocês não tiram a dúvida?

Beijos e até a próxima,

Mariana

 

 

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